Histórias, algumas reais

segunda-feira, 12 de março de 2007

Urgente

Vi-te.
No meio da multidão, vi-te. Engano impossível. Eras tu!
E o Mundo parou.
À nossa volta as vozes emudeceram, a banda calou-se, e o som fez-se silêncio para apenas deixar ouvir os nossos corações e ficamos sozinhos na praça, de olhos cravados, colados, pegados, um no outro, rodeados por ninguém.

Só nós.
Sorriste e acenaste com a cabeça, dando-me o sinal.
Tu és o tal.
E agora é urgente!

É urgente ver-te
É urgente ouvir-te
É urgente abraçar-te
É urgente despir-te
Com os olhos e com as mãos
Libertar-te da roupa

E das máscaras.
É urgente tocar-te
E sentir-te despido
É urgente ter-te
É urgente amar-te

É urgente...




Março 2007

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